A nossa visão para arquitectura em 2018

Podemos afirmar que o 29 de maio de 2018 representa um retrocesso histórico na arquitectura e urbanismo português, o Presidente da República promulgou novo diploma do parlamento que vem abrir o exercício e a prática da Arquitectura a outras profissões sem qualificação para o efeito, quando a classe dos arquitectos sempre soube responder às necessidades sociais para que foi solicitada atendendo a qualidade ambiental das populações e da vida urbana.

Trata-se de um favorecimento acrescido a um restrito grupo profissional que manteve intocáveis todos os actos próprios da sua formação específica, além de poder constituir uma intolerável desigualdade de tratamento para com outros técnicos dessa classe profissional. Esta aprovação perspectiva um 2018 e os próximos anos sombrios para os arquitectos , contribuindo para agravar e aumentar o desemprego de arquitectos, afectando já hoje de modo preocupante as novas gerações e sem dúvida irá acarretar consequências nefastas à qualidade do ambiente urbano do País e a boa imagem internacional da Arquitectura subscrita por arquitectos portugueses.

A arquitectura portuguesa tem dado montras da qualidade dos arquitectos nos mais reconhecidos prémios internacionais tendo recentemente recebido o Leão de Ouro o arquitecto Souto de Moura.
Estou certa que a a Ordem dos Arquitetos vai utilizar todos os meios à disposição para reverter este retrocesso legislativo que desrespeita, por completo, uma classe profissional de mais de 24 mil arquitetos.

“A Arquitectura é feita por Arquitectos”

Artigo Elaborado pela Arquitecta Maria Joao Andrade e Silva, Sócia Gerente MJARC Arquitectos