A população mundial vive 50% em cidades, prevendo-se que aumente para 70% até 2050. Com o crescimento das cidades e a subida drástica das temperaturas, é urgente que o sector do planeamento e construção estejam alinhadas e legislados com práticas de construção verde.

A construção, os edifícios e um planeamento verde do território é fundamentalmente para um processo de melhoria contínua. É um processo pelo qual as “melhores práticas” tornam-se as práticas padrão de amanhã, uma base crescente para níveis cada vez mais altos de desempenho.

Estamos certos que a construção verde ajudará a criar comunidades mais vitais, espaços internos e externos mais saudáveis assim como ligações mais fortes com a natureza. O movimento de construção verde esforça-se para efetuar uma mudança permanente nas práticas predominantes de projeto, planeamento, construção e operações, resultando em menor impacto, mais ambientes construídos sustentáveis e, em última análise, regenerativos.

Edifícios e comunidades, incluindo os recursos usados para criá-los e a energia, água e materiais necessários para operá-los têm um efeito significativo no meio ambiente e saúde humana. A utilização dos edifícios, em conjunto com o sector da construção, é responsável por 39% de todas as emissões de carbono no mundo (Global Status Report 2017), sendo a fase de utilização dos edifícios, responsável por 28% dessas emissões, relacionadas sobretudo com a energia consumida para aquecimento e arrefecimento (correspondendo a 40% se estivermos a falar apenas do contexto europeu).

Ferramentas e processos são necessários para ajudar os projetos a chegar a soluções integrativas, sinérgicas e sustentáveis.

  • PESSOAS (Capital Social). Todos os custos e benefícios para as pessoas que projetam, constroem, vivem, trabalham e constituem a comunidade local e são influenciados, direta ou indiretamente, por um projeto.
  • PLANETA (Capital NATURAL). Todos os custos e benefícios de um projeto no ambiente natural, local e globalmente.
  • LUCRO (Capital ECONÓMICO). Todos os custos e benefícios econômicos de um projeto para todos as partes interessadas (não apenas o proprietário do projeto).

O termo externalidades é usado por economistas para descrever custos ou benefícios incorridos por partes que não são parte de uma transação. Por exemplo, o preço de compra de um carro não leva em conta o desgaste que vai ter nas vias públicas ou a poluição que vai colocar no meio ambiente. Para mudar o processo de avaliação para explicar essas externalidades negativas, os profissionais da construção exigem novas métricas. O edifício verde processos e sistemas de classificação começaram a encorajar a quantificação de externalidades. O foco foi em primeiro lugar em métricas ambientais, mas a lista está aumentar para incluir indicadores de justiça social e saúde pública.

Sustentabilidade e “verde”, muitas vezes usados de forma intercambiável, são mais do que apenas reduzir impactos. Sustentabilidade significa criar locais ambientalmente responsáveis, saudáveis, justos, equitativos, e lucrativo. Esverdear o ambiente construído significa olhar de forma holística para os aspectos naturais, humanos e economicos.