Dia Mundial da Arquitetura 2025: Design for Strength

Como a arquitetura pode ter um papel ativo em contextos de crise urbana

O Dia Mundial da Arquitetura celebra-se anualmente na primeira segunda-feira de outubro. Criado em 1949, este dia tem como objetivo reconhecer globalmente a importância da arquitetura e o papel dos arquitetos na criação de cidades mais humanas, inclusivas e sustentáveis. Originalmente marcado para 1 de julho, em 1996 a União Internacional de Arquitetos (UIA) decidiu alterar a data, alinhando-a com o Dia Mundial do Habitat, instituído pela ONU em 1986, reforçando assim a estreita relação entre arquitetura e meio ambiente.

Todos os anos, a celebração centra-se num tema específico, concebido para estimular o debate sobre os desafios urbanos contemporâneos, incentivar práticas construtivas inovadoras e sustentáveis, e promover políticas públicas de planeamento urbano responsáveis.

Para 2025, a UIA escolheu o tema Design for Strength, que convida os arquitetos a pensar além de soluções imediatas, adotando estratégias que aumentem a capacidade do ambiente construído de resistir, adaptar-se e regenerar-se, mesmo em contextos de crise urbana.

“A arquitetura não deve limitar-se a fornecer abrigo; tem também a responsabilidade de promover equidade, continuidade e resiliência, sobretudo em momentos de crise ou transformação.” -União Internacional de Arquitetos, 2025

Para orientar esta abordagem, a UIA destaca algumas mensagens centrais:

Força no design: os espaços construídos devem ser duráveis, resilientes e culturalmente sensíveis, apoiando de forma efetiva as comunidades.

Plataforma para a resiliência: a arquitetura tem um papel decisivo na proteção e reconstrução das comunidades após desastres naturais ou humanos.

Reconstrução sustentável: projetar para a força implica a capacidade de reparar, restaurar e adaptar o ambiente construído utilizando materiais e métodos ambientalmente responsáveis.

 

O nosso contributo

Vivemos um tempo de fenómenos climáticos extremos, pressões urbanas crescentes, desigualdades sociais e fragilidade habitacional. Acreditamos que num cenário destes a arquitetura não se pode limitar a soluções imediatistas. Deve assumir-se como resposta ativa.

Na MJARC Arquitetos entendemos a arquitetura como uma responsabilidade coletiva. Por isso, cada projeto nasce do diálogo entre património, paisagem e comunidade, incorporando critérios de sustentabilidade, qualidade e eficiência desde a conceção até à utilização, manutenção e eventual desmantelamento da obra.

O compromisso da MJARC com a sustentabilidade tem sido reconhecido a nível nacional e internacional, com destaque para a nomeação nos Prémios Construir 2025, na categoria Imobiliário – Sustentabilidade, e pelo Loop Design Award.

A nossa equipa trabalha segundo os mais elevados critérios de certificação ambiental, incluindo a LEED (Leadership in Energy and Environmental Design). Projetos como o Riverside e a Torre Green View, na Covilhã, são exemplo dessa abordagem: ao reaproveitar 90% da estrutura e 75% do núcleo original, demonstramos como a reabilitação sustentável reduz significativamente as emissões de carbono e o impacto ambiental.

A criteriosa seleção de materiais e o rigor construtivo asseguram ainda qualidade, eficiência e durabilidade ao longo do tempo.

Para a MJARC, Design for Strength –  projetar para a força –  significa conceber arquitetura que olha para o todo, valorizando e integrando cada elemento da comunidade e do território, criando espaços capazes de resistir, adaptar-se e regenerar-se, e contribuindo para um habitat mais justo, inclusivo e sustentável.