Etapas Projeto Arquitetura – Uma Casa Sustentável passo a passo

Construir uma casa sustentável não é apenas um exercício técnico; na verdade, é uma expressão pessoal, um investimento de vida e, acima de tudo, um compromisso com o futuro. Além disso, o processo envolve muito mais do que escolher acabamentos ou definir divisões, pois exige conhecimento, planeamento, criatividade e uma abordagem responsável ao território e aos recursos naturais.
Na MJARC Arquitetos, acreditamos que construir uma casa sustentável é fundamental para garantir que seja bonita, funcional, eficiente e sustentável. Por isso, este guia foi pensado para o ajudar a compreender todas as fases de um projeto de arquitetura residencial, seja para construção nova, remodelação integral ou reabilitação. Para além disso, incluímos as estratégias ambientais que orientam os nossos projetos desde o primeiro esboço.

 

 

1. Partilhar a Visão:

 

Tudo começa com uma conversa — um momento para partilhar ideias, necessidades e desejos. Por isso, a primeira reunião com o arquiteto é essencial para estabelecer uma base sólida de entendimento e confiança. Aqui são abordados temas como:

• Estilo de vida da família e número de utilizadores;
• Objetivos funcionais e estéticos do projeto;
• Localização, tipo de terreno ou imóvel a intervir;
• Orçamento disponível;
• Prazos e eventuais condicionantes legais ou patrimoniais.

Além disso, é também nesta fase que se introduzem princípios de eficiência energética, gestão hídrica e integração paisagística — sempre integrados na visão global do projeto. Na MJARC Arquitetos, tratamos esta fase com toda a atenção que merece, pois é aqui que se lançam as bases para construir uma casa sustentável, verdadeiramente personalizada e consciente.

 

 

2. Enquadramento Urbanístico e Análise das Condicionantes do Terreno / Edifício

 

Antes de projetar, há que compreender profundamente o contexto. Assim sendo, o estudo de viabilidade é uma análise completa que avalia as possibilidades do terreno ou edifício e a sua compatibilidade com os desejos do cliente.
Esta fase inclui:

• Análise topográfica e solar (orientação, vistas, declives);
• Verificação das infraestruturas existentes e acessibilidades;
• Estudo da legislação urbanística (PDM, RGEU, normas específicas);
• Avaliação da capacidade construtiva e condicionantes legais;
• Diagnóstico ambiental e paisagístico do local;
• Estimativa de investimento inicial.

Para além disso, também são discutidas estratégias base de sustentabilidade, tais como:

• Aproveitamento passivo da luz e ventilação natural;
• Recolha e reutilização de águas pluviais;
• Pré-definição de áreas para jardins com espécies autóctones;
• Uso de materiais locais ou de baixo impacto ambiental.

Deste modo, este enquadramento detalhado assegura que o projeto cumpre os princípios para construir uma casa sustentável e integrada no seu território.

 

 

3. Estudo Prévio

 

3.1. Definição do Conceito e Volumetria

É nesta fase que o sonho começa a ser materializado. O estudo prévio traduz os desejos do cliente em soluções espaciais, volumétricas e estéticas, através de desenhos como:

• Plantas esquemáticas e fluxogramas funcionais
• Propostas de volumetria e integração no terreno
• Perspetivas 3D e modelos digitais
• Propostas iniciais de materiais e acabamentos

 

3.2. Cortes, planos e alçados

Define-se a altura e largura do edifício, o número de pisos e a orientação solar para otimizar a iluminação natural e permitir ventilação passiva por efeito de chaminé, reduzindo as perdas térmicas. Para além disso, avaliam-se fatores que podem ser otimizados, como a largura do edifício, o aumento dos pé-direitos e a iluminação zenital, seja por teto ou por um pátio.
Também se considera a proporção dos vãos, que influenciam a iluminação natural, ventilação e sombreamento das fachadas, podendo estas ser protegidas por emissores passivos e sombreamentos exteriores.

 

3.3. Estratégias bioclimáticas

São integradas estratégias bioclimáticas, como:

• Sombreamento natural para proteção no verão
• Uso de coberturas verdes ou jardins filtrantes
• Criação de zonas tampão (como varandas e pérgolas)

Assim, esta abordagem permite criar espaços de elevada eficiência energética, reduzindo consumos e aumentando o conforto térmico e acústico.

 

 

4. Projeto de Execução:

 

Com o conceito aprovado, entra-se na fase mais detalhada do processo: o projeto de execução. Este inclui:

• Plantas técnicas de arquitetura e especialidades (estruturas, águas, eletricidade, AVAC);
• Memórias descritivas e justificativas;
• Cadernos de encargos e mapas de quantidades.

Nesta fase aprofundamos a eficiência hídrica e energética, com:

• Sistemas de aquecimento solar térmico e painéis fotovoltaicos;
• Isolamentos térmicos naturais ou recicláveis;
• Reaproveitamento de águas cinzentas para rega ou sanitas;
• Iluminação natural otimizada e sensores de presença.

Também são definidos os elementos paisagísticos, como:

• Jardins com vegetação adaptada ao clima;
• Áreas de infiltração e retenção de águas pluviais;
• Caminhos, pátios e zonas de lazer integradas no ambiente natural.

Em suma, o projeto de execução constitui um conjunto coordenado de informações escritas e desenhadas, de fácil interpretação para as entidades responsáveis pela obra, cumprindo o disposto no artigo 51.º do Decreto-Lei n.º 48 871, de 19 de fevereiro de 1969.
Além disso, realizamos a adaptação de soluções sempre que necessário, assegurando flexibilidade e qualidade durante todo o processo.

 

Princípios técnicos e de aplicação

Especificam-se componentes das instalações mecânicas que mantenham uma boa eficiência energética durante um longo período de vida, como caldeiras de condensação a gás, válvulas termostáticas para radiadores e controlo de temperaturas compensadas consoante o exterior.
Minimizam-se os comprimentos das tubagens de água quente, assegurando a máxima eficiência.

 

 

5. Licenciamento e Acompanhamento da Obra

 

Com o projeto completo, tratamos de todo o processo de licenciamento, incluindo:

• Pedido de licença de construção ou comunicação prévia;
• Acompanhamento de pareceres e correções necessárias;
• Ligação com entidades públicas e privadas.

Após aprovação, inicia-se a fase da obra. A MJARC assegura:

• Acompanhamento técnico (visitas ao local, verificação de conformidade);
• Coordenação com empreiteiros e fornecedores;
• Apoio ao cliente em escolhas de última hora;
• Adaptação de soluções sempre que necessário.

Deste modo, este acompanhamento contínuo assegura que a construção respeita o projeto e os princípios ambientais e técnicos definidos para construir uma casa sustentável.

 

Em suma:

a MJARC Arquitetos acreditamos que cada casa deve ser uma extensão da vida dos seus habitantes — mas também do lugar onde se insere. Por isso, cada projeto é uma oportunidade para criar valor humano, ambiental e urbano.
Se está a pensar construir, remodelar ou reabilitar, fale connosco. Ajudamo-lo a transformar a sua visão numa realidade concreta, eficiente e harmoniosa.

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Dê o primeiro passo rumo à casa que sempre imaginou.