O programa base explora as principais possibilidades de desenho alternativas para o projeto, após terem sido investigados os condicionamentos urbanísticos e outros condicionamentos regulamentares, e terem sido ponderadas considerações de custo e tempo.

Deverão ser efetuados levantamentos do local, incluindo não só a informação topográfica, mas também a informação sobre a qualidade ambiental do local e suas potencialidades.

Questões a considerar na fase do programa base

Local

  • Obter informação ambiental sobre o local.
  • Examinar o impacto das estratégias alternativas.
  • Investigar locais alternativos se essa opção for possível.
  • Incorporar pontos “verdes” que amplia áreas de utilização de edifício existente.

As etapas para realizar um Projetos de arquitetura

Um projecto de arquitectura é algo que engloba muito trabalho pois é algo que vai desde o pensamento / ideia do cliente até à fase de implementação do projecto. (Fase de construção). No fundo é o primeiro passo, quando se quer concretizar o sonho na realidade.

Estudo Prévio Arquitetura

Na fase do estudo prévio as decisões revestem-se de maior importância é nesta fase inicial em que o projeto começa a tomar forma. São exploradas plantas alternativas; existe um programa para o local e/ ou uma estratégia de organização da construção, há ideias sobre os cortes através do edifício e começa-se a pensar nos materiais, embora nada seja definitivo. Os custos são genericamente estimados.

Questões a considerar na fase de Estudo Prévio

O Local:

  • Proteção e aproveitamento das características locais: vegetação, paisagismo, topografia, água, exposição solar, ensombramento;

Cortes, plantas e alçados do edifício:

  • Altura e largura do edifício, número de pisos e orientação solar para otimizar a iluminação natural, para permitir ventilação passiva por efeito de chaminé tendo como objetivo reduzir as perdas térmicas. Quais os fatores que podem ser otimizados diminuindo a largura do edifico, aumentando os pé direitos e fazendo iluminação zenital pelo teto ou por um pátio;
  • Proporção geral dos vãos, com efeito na iluminação natural, na ventilação, nos sombreamentos fachadas as quais poderão ser protegidas por emissores passivos, com utilização de sombreamentos exteriores;

Materiais:

  • Estrutura resistente (betão, aço ou madeira) e envolvente exterior, considerando o seu impacte ambiental.

 

Questões a considerar na fase de Anteprojeto / Fase de Licenciamento

Arranjos exteriores:

  • Considerar a disposição e orientação dos conjuntos edificados em relação à exposição solar e ao sombreamento.
  • Considerar a dimensão e localização das superfícies pavimentadas, visando desejáveis condições de insolação e abrigo.
  • Utilizar taludes de terra e vegetação de proteção de forma a criar áreas protegidas e abrigadas.

Plantas e Cortes dos Edifícios

  • Otimizara utilização da luz natural nos espaços habitáveis.
  • Incluir percursos de circulação de ar para a ventilação natural, em planta (se o edifício é estreito) e em corte (usando porventura o efeito de chaminé).
  • Considerar as proporções entre os envidraçados e as superfícies opacas da fachada, tendo em vista distribuição da luz natural, o aquecimento e arrefecimento passivos.

Materiais

  • Utilizar matérias com inercia térmica para minimizar as flutuações da temperatura interior.
  • Considerar a sustentabilidade e o impacte ambiental dos materiais, da energia incorporada, as emissões tóxicas e a facilidade da sua reciclagem ou reutilização.

Princípios técnicos

  • Analisar a produção combinada de calor e eletricidade para reduzir a utilização de energia primária.

Autoridades Administrativas

  • Consultar propostas inovadoras para o abastecimento de água potável doce, para a evacuação ou reutilização de água das chuvas e para evacuação de águas de sabão e águas negras.
  • Caso o edifício seja gerador de energia elétrica (painéis fotovoltaicos, aerogeradores) perceber o grau de autonomia.

Projeto de execução

O projecto de execução, ou simplesmente projecto, será apresentado por forma a constituir um conjunto coordenado das informações escritas e desenhadas de fácil e inequívoca interpretação por parte das entidades intervenientes na execução da obra e deverá obedecer ao disposto no artigo 51.º do Decreto-Lei n.º 48 871, de 19 de Fevereiro de 1969.2. Se outras condições não estiverem fixadas no contrato, o projecto de execução incluirá as seguintes peças:

a) Memória descritiva e justicativa, evidenciando os aspectos seguintes: definição e descrição geral da obra, nomeadamente no que se refere ao fim a que se destina, à sua localização, interligações com outras obras, etc.; análise da forma como se deu satisfação às exigências do programa base; indicação da natureza e condições do terreno; justificação da implantação da obra e da sua integração nos condicionamentos locais existentes ou planeados; descrição das soluções adoptadas com vista à satisfação das disposições legais e regulamentares em vigor; indicação das características dos materiais, dos elementos de construção, das instalações e do equipamento; justificação técnico-económica, com referência especial aos planos gerais em que a obra se insere;

b) Cálculos relativos às diferentes partes da obra, apresentados de modo a definirem, pelo menos, os elementos referidos para cada tipo de obra no capítulo II e a eventualmente justificarem as soluções adoptadas;

c) Medições, dando a indicação da quantidade e qualidade dos trabalhos necessários para a execução da obra, devendo ser adoptadas as normas portuguesas em vigor ou as especificações do Laboratório Nacional de Engenharia Civil;

d) Orçamento, baseado nas quantidades e qualidades de trabalho das medições;

e) Peças desenhadas de acordo com o estabelecido para cada tipo de obra no capítulo II e devendo conter as indicações numéricas indispensáveis e a representação de todos os pormenores necessários à perfeita compreensão, implantação e execução da obra;

f) Condições técnicas, gerais e especiais, do caderno de encargos.

Questões a considerar na fase do projeto de execução

Cortes e Alçados

  • Escolher as caixilharias com o melhor desempenho.
  • Aplicar envidraçados incorporando uma capa baixo emissiva.
  • Utilizar reguladores de ventilação e/ou estratégias passivas de ventilação.
  • Fazer a recuperação de calor sempre que possível.
  • Isolar com materiais sustentáveis para além das exigências dos regulamentos das edificações.
  • Pormenorizar de forma a evitar pontes térmicas.

Princípios técnicos e de aplicação

Especificar componentes das instalações mecânicas que mantenham uma boa eficiência energética durante um período longo de vida: caldeiras de condensação a gás, válvulas termostáticas para radiadores, controlo de temperaturas compensados (em função das temperaturas exteriores). Aquecimento central com água a baixa pressão no pavimento (pavimentos radiantes), permutadores de calor integrados no sistema de ventilação mecânica, autoclismos de dupla descarga, eletrodomésticos eficientes quanto à utilização de energia e outros recursos.

Minimizar os comprimentos das tubagens de água quente desde o depósito até ao ponto de utilização.

Caso necessite de mais informações adicionais ou pretenda solicitar orçamento para o seu projecto pode ver aqui